terça-feira, 25 de junho de 2013

Atualidades - Nelson Mandela

Nelson Mandela segue em estado crítico, diz governo da África do Sul.

25/06/2013 08h22 - Atualizado em 25/06/2013 14h38

Ex-presidente e líder antiapartheid continua internado em Pretória.
Família reuniu-se em Qunu, aldeia natal do líder.

"Ninguém nasce odiando outra pessoa devido à cor de sua pele, à sua origem ou ainda à  sua religião. Para odiar, é preciso aprender. E, se podem aprender a odiar, as pessoas também podem aprender a amar”.
                                                                                                                                     - Mandela
Nelson Mandela
Nelson Mandela nasceu no dia 18 de julho de 1918, próximo de Qunu, cidade sul-africana. Teve uma infância próspera, durante a qual frequentou escolas particulares e, mais tarde, faculdade. Quando terminou os estudos, Mandela já trabalhava como assessor de justiça em Johanesburgo.
Após as eleições em 1948, o regime político Apartheid tornou-se lei na África do Sul. O país ficou dividido em segmentos raciais, com áreas denominadas como a África do Sul Branca e a África do Sul Negra, entre outras. Tudo que envolvia o governo - eleições, educação, dentre outras coisas - foi dividido em segmentos raciais, e o resultado disso foi o controle de todos os aspectos do governo sul-africano pelos brancos. Nos anos seguintes, várias leis foram concebidas para reforçar a separação entre raças, por exemplo, o casamento (em inglês) entre brancos e negros tornou-se ilegal; diversas regiões da África do Sul foram segregadas por causa da presença de pessoas de outras raças e em 1953 brancos e negros eram proibidos, por lei, de compartilhar banheiros ou bebedouros.
Mandela começou a combater pacificamente o apartheid, mas foi preso pela primeira vez em 1956, acusado de traição, com outras 150 pessoas. Mais tarde, todos foram libertados, mas a prisão repercutiu. Na década de 60, influenciado pelo período em que ficou preso, e por outros acontecimentos como o massacre em Sharpeville, as ideias pacifistas de Mandela se transformaram: ele passou a liderar uma resistência armada que se utilizava de técnicas para destruir propriedades do governo a fim de lutar contra o apartheid. Por esses fatos ele foi detido e preso em 1962.
O apartheid crescia na África do Sul, ao mesmo tempo em que os Estados Unidos trabalhavam para desfazer décadas de discriminação racial contra os negros. Como é de se imaginar, os Estados Unidos e o resto do mundo eram totalmente contra o apartheid, e a prisão de Nelson Mandela gerou um grande temor.
Por que Mandela chamou tanta atenção? O destaque se deve em parte por sua posição de liderança na luta armada, e também à sua esposa, Winnie Mandela. Pois enquanto Mandela estava na prisão, Winnie fazia campanhas em público para sua libertação, e seus apelos repercutiram por todo o mundo.
A reviravolta aconteceu em 1989, quando o então presidente P.W. Botha teve seu escritório destruído em um ataque. Em 1990, o substituto de Botha, F.W. De Klerk, libertou Nelson Mandela, prevendo o desmantelamento do apartheid. De Klerk e Mandela dividiram o Prêmio Nobel da Paz em 1993 pelos esforços conjuntos para acabar com o apartheid.
Por ser bastante reconhecido pelo público em 1994, e também pelos negros serem a maioria na nova África do Sul democratizada, Mandela foi eleito presidente nas primeiras eleições livres do país. Nelson Mandela ainda vive em Johanesburgo e é reconhecido por seu trabalho na busca da cura para a AIDS.
Carta da Liberdade
A Carta da Liberdade é um documento fundamental da causa antiapartheid na África do Sul aprovado pela Aliança do Congresso, com a participação de Nelson Mandela. O texto foi elaborado em meados da década de 1950, e aprovado pelo Congresso do Povo reunido em Kliptown (Soweto, em 26 de Junho de 1955) .A Carta defendia igualdade de direitos para todos os cidadãos sul-africanos, independente de sua etnia, e ainda a reforma agrária, melhoria das condições de vida e trabalho, justa distribuição de renda, obrigatoriedade do ensino público e leis efetivamente justas; foi instrumento importante na luta contra o apartheid.
Documento completo e traduzido:

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