Educação
sempre é solução,não é mesmo ladies? Por isso, é interessante ver os países que
são modelos para o mundo e suas intervenções nesse processo. Boa leitura! - B
Especial Veja
7 lições da Coréia para o Brasil
7 lições da Coréia para o Brasil
O que o país pode
aprender como bem-sucedido modelo de educação
implantado na Coréia do Sul
implantado na Coréia do Sul
1. Concentrar
os recursos públicos no ensino fundamental – e não na universidade – enquanto a
qualidade nesse nível for sofrível.
2. Premiar
os melhores alunos com bolsas e aulas extras para que desenvolvam seu talento.
3. Racionalizar
os recursos para dar melhores salários aos professores.
4. Investir
em polos universitários voltados para a área tecnológica.
5. Atrair
o dinheiro das empresas para a universidade, produzindo pesquisa afinada com as
demandas do mercado.
6. Estudar
mais. Os brasileiros dedicam cinco horas por dia aos estudos, menos da metade
do tempo dos coreanos.
7. Incentivar
os pais a se tornarem assíduos participantes nos estudos dos filhos.
A Coréia do Sul e o Brasil já foram países bastante parecidos. Em 1960, eram típicas nações do mundo subdesenvolvido, atoladas em índices socioeconômicos calamitosos e com taxas de analfabetismo que beiravam os 35%. Na época, a renda per capita coreana equivalia à do Sudão: patinava em torno de 900 dólares por ano. Nesse aspecto, o Brasil levava alguma vantagem – sua renda per capita era o dobro da coreana. A Coréia amargava ainda o trauma de uma guerra civil que deixou 1 milhão de mortos e a economia em ruínas. Hoje, passados quarenta anos, um abismo separa as duas nações. A Coréia exibe uma economia fervilhante, capaz de triplicar de tamanho a cada década. Sua renda per capita cresceu dezenove vezes desde os anos 60, e a sociedade atingiu um patamar de bem-estar invejável. Os coreanos praticamente erradicaram o analfabetismo e colocaram 82% dos jovens na universidade. Já o Brasil mantém 13% de sua população na escuridão do analfabetismo e tem apenas 18% dos estudantes na faculdade. Sua renda per capita é hoje menos da metade da coreana. Em suma, o Brasil ficou para trás e a Coréia largou em disparada. Por que isso aconteceu? Porque a Coréia apostou no investimento ininterrupto e maciço na educação – e nós não.
O resultado do investimento coreano nas escolas públicas é visível. Todas as salas de aula são equipadas com um telão de plasma onde os professores projetam suas aulas, os laboratórios de computação têm máquinas de última geração ligadas à internet e as bibliotecas, de tão completas, atraem famílias inteiras nos fins de semana. Além da infraestrutura, o dinheiro despejado nas escolas produziu na Coréia salários bastante atrativos para os professores, que estão entre os mais bem pagos do mundo. Trata-se de uma carreira que confere status: para as mulheres da Coréia, o professor é visto como o "melhor partido para casar" [risos da babi] porque tem emprego estável, férias longas (raridade no país), jeito para lidar com crianças – e ótimo salário. Além de dinheiro no bolso, ele dispõe de condições de trabalho exemplares, com dedicação exclusiva a uma só escola e direito a quatro horas diárias para preparar aulas e atender os estudantes. Leva-se o ensino tão a sério que até professor de jardim de infância precisa ter diploma de ensino superior (e a maioria conta com a pós-graduação).
O resultado do investimento coreano nas escolas públicas é visível. Todas as salas de aula são equipadas com um telão de plasma onde os professores projetam suas aulas, os laboratórios de computação têm máquinas de última geração ligadas à internet e as bibliotecas, de tão completas, atraem famílias inteiras nos fins de semana. Além da infraestrutura, o dinheiro despejado nas escolas produziu na Coréia salários bastante atrativos para os professores, que estão entre os mais bem pagos do mundo. Trata-se de uma carreira que confere status: para as mulheres da Coréia, o professor é visto como o "melhor partido para casar" [risos da babi] porque tem emprego estável, férias longas (raridade no país), jeito para lidar com crianças – e ótimo salário. Além de dinheiro no bolso, ele dispõe de condições de trabalho exemplares, com dedicação exclusiva a uma só escola e direito a quatro horas diárias para preparar aulas e atender os estudantes. Leva-se o ensino tão a sério que até professor de jardim de infância precisa ter diploma de ensino superior (e a maioria conta com a pós-graduação).
Exames que têm como objetivo medir o nível dos
estudantes, entre eles o brasileiro Sistema Nacional de Avaliação da Educação
Básica (Saeb), comprovaram que há dois fatores fundamentais para explicar o bom
resultado nas provas. Um deles é o preparo e a dedicação do professor
encarregado das aulas. O outro é a participação da família na educação dos
filhos. O Brasil é deficiente em ambos os casos. A fixação coreana pela
educação tem raízes profundas na cultura do país. O confucionismo, doutrina
milenar de origem chinesa, já difundia valores como a dedicação ao trabalho e a
exaltação ao estudo na Coréia de cinco séculos antes de Cristo.
A sociedade coreana é movida pela competição,
incentivada à exaustão desde a infância.
Uma saída eficiente para a escassez de dinheiro na
época em que a Coréia era pobre foi colocá-lo no lugar certo – as salas de aula
do ensino fundamental, onde estava a massa dos estudantes. Funcionou lá e
poderia dar certo por aqui. A Coréia também entendeu cedo que o professor é a
alma do processo de aprendizado. Por isso, o governo fez desse ofício um dos
mais bem pagos e respeitados do país. Para os professores coreanos, ter mais de
um emprego, coisa comum no Brasil, não só é proibido por lei como soa ilógico.
"Não entendo como pode funcionar assim no Brasil", espanta-se a
professora Yang Sue Icyung. Por fim, a Coréia conseguiu implantar um sistema
movido pela ideia do mérito, no qual os bons estudantes são premiados desde a
escola até a vida adulta. Foi com essa cartilha que o país conseguiu entrar no
século XXI capaz de alcançar renda per capita equivalente à de países europeus
e um altíssimo nível de desenvolvimento tecnológico.
Caso da Finlândia (país
entre os melhores em rankings de educação)
O país com a melhor educação do mundo é a Finlândia. Por
quatro anos consecutivos, o país do norte da Europa ficou entre os primeiros
lugares no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), que mede a qualidade
de ensino. O segredo deste sucesso, segundo Jana Palojärvi, diretora do
Ministério da Educação e Cultura da Finlândia, não tem nada a ver com métodos
pedagógicos revolucionários, uso da tecnologia em sala de aula ou exames
gigantescos como Enem ou Enade. Pelo contrário: a Finlândia dispensa as provas
nacionais e aposta na valorização do professor e na liberdade para ele poder
trabalhar.
Na Finlândia a educação é gratuita, inclusive no ensino
superior. Só 2% das escolas são particulares, mas são subsidiadas por fundos
públicos e os estudantes não pagam mensalidade. As crianças só entram na escola
a partir dos 7 anos. Não há escolas em tempo integral, pelo contrário, a
jornada é curta, de 4 a 7 horas, e os alunos não têm muita lição de casa.
"Também temos menos dias letivos que os demais países, acreditamos que
quantidade não é qualidade", diz Jaana.
Os professores têm muita autonomia,
mas precisam ser bem qualificados. Esta é uma profissão desejada na Finlândia
Joana Palojärvi, diretora do
Ministério da Educação da Finlândia
‘’Temos muitas diferenças em relação ao Brasil, que é
enorme, somos um país pequeno de 5,5 milhões de habitantes. Na Finlândia não
temos a figura do Estado, a relação fica entre governo, município e escola. O
sistema é muito diferente. A Finlândia não quer dar conselhos, nós relutamos muito
em relação a isso", afirma.Jaana Palojärvi, diretora do Ministério da
Educação da Finlândia
"Os professores não dedicam muita atenção aos bons
alunos, e sim aos fracos, não podemos perdê-los, temos de mantê-los no
sistema."
Tecnologia também não é o forte das escolas finlandesas, que
preferem investir em gente. "Não gostamos muito de tecnologia, ela é só
uma ferramenta, não é o conteúdo em si. Tecnologia pode ser usada ou não, não é
um fator chave para a aprendizagem."
http://g1.globo.com/educacao/noticia/2013/05/pais-com-melhor-educacao-do-mundo-finlandia-aposta-no-professor.html
Read for pleasure:
Read for pleasure:
‘‘Sob a mais livre das constituições, um povo ignorante é sempre escravo ’’.
- Condorcet
http://g1.globo.com/economia/noticia/2013/06/brasil-sera-convidado-de-honra-de-feira-do-livro-de-frankfurt.html
ResponderExcluirFeira de Frankfurt-
'O Brasil é considerado um dos mais importantes mercados de leitores em potencial do mundo'