sábado, 15 de junho de 2013

Educação no Brasil e no mundo

Educação sempre é solução,não é mesmo ladies? Por isso, é interessante ver os países que são modelos para o mundo e suas intervenções nesse processo. Boa leitura! - B
Especial Veja
7 lições da Coréia para o Brasil
O que o país pode aprender como bem-sucedido modelo de educação
implantado na Coréia do Sul
1. Concentrar os recursos públicos no ensino fundamental – e não na universidade – enquanto a qualidade nesse nível for sofrível.
2. Premiar os melhores alunos com bolsas e aulas extras para que desenvolvam seu talento.
3. Racionalizar os recursos para dar melhores salários aos professores.
4. Investir em polos universitários voltados para a área tecnológica.
5. Atrair o dinheiro das empresas para a universidade, produzindo pesquisa afinada com as demandas do mercado.
6. Estudar mais. Os brasileiros dedicam cinco horas por dia aos estudos, menos da metade do tempo dos coreanos.
7. Incentivar os pais a se tornarem assíduos participantes nos estudos dos filhos.

A Coréia do Sul e o Brasil já foram países bastante parecidos. Em 1960, eram típicas nações do mundo subdesenvolvido, atoladas em índices socioeconômicos calamitosos e com taxas de analfabetismo que beiravam os 35%. Na época, a renda per capita coreana equivalia à do Sudão: patinava em torno de 900 dólares por ano. Nesse aspecto, o Brasil levava alguma vantagem – sua renda per capita era o dobro da coreana. A Coréia amargava ainda o trauma de uma guerra civil que deixou 1 milhão de mortos e a economia em ruínas. Hoje, passados quarenta anos, um abismo separa as duas nações. A Coréia exibe uma economia fervilhante, capaz de triplicar de tamanho a cada década. Sua renda per capita cresceu dezenove vezes desde os anos 60, e a sociedade atingiu um patamar de bem-estar invejável. Os coreanos praticamente erradicaram o analfabetismo e colocaram 82% dos jovens na universidade. Já o Brasil mantém 13% de sua população na escuridão do analfabetismo e tem apenas 18% dos estudantes na faculdade. Sua renda per capita é hoje menos da metade da coreana. Em suma, o Brasil ficou para trás e a Coréia largou em disparada. Por que isso aconteceu? Porque a Coréia apostou no investimento ininterrupto e maciço na educação – e nós não.
O resultado do investimento coreano nas escolas públicas é visível. Todas as salas de aula são equipadas com um telão de plasma onde os professores projetam suas aulas, os laboratórios de computação têm máquinas de última geração ligadas à internet e as bibliotecas, de tão completas, atraem famílias inteiras nos fins de semana. Além da infraestrutura, o dinheiro despejado nas escolas produziu na Coréia salários bastante atrativos para os professores, que estão entre os mais bem pagos do mundo. Trata-se de uma carreira que confere status: para as mulheres da Coréia, o professor é visto como o "melhor partido para casar" [risos da babi] porque tem emprego estável, férias longas (raridade no país), jeito para lidar com crianças – e ótimo salário. Além de dinheiro no bolso, ele dispõe de condições de trabalho exemplares, com dedicação exclusiva a uma só escola e direito a quatro horas diárias para preparar aulas e atender os estudantes. Leva-se o ensino tão a sério que até professor de jardim de infância precisa ter diploma de ensino superior (e a maioria conta com a pós-graduação).
Exames que têm como objetivo medir o nível dos estudantes, entre eles o brasileiro Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), comprovaram que há dois fatores fundamentais para explicar o bom resultado nas provas. Um deles é o preparo e a dedicação do professor encarregado das aulas. O outro é a participação da família na educação dos filhos. O Brasil é deficiente em ambos os casos. A fixação coreana pela educação tem raízes profundas na cultura do país. O confucionismo, doutrina milenar de origem chinesa, já difundia valores como a dedicação ao trabalho e a exaltação ao estudo na Coréia de cinco séculos antes de Cristo.
A sociedade coreana é movida pela competição, incentivada à exaustão desde a infância.
Uma saída eficiente para a escassez de dinheiro na época em que a Coréia era pobre foi colocá-lo no lugar certo – as salas de aula do ensino fundamental, onde estava a massa dos estudantes. Funcionou lá e poderia dar certo por aqui. A Coréia também entendeu cedo que o professor é a alma do processo de aprendizado. Por isso, o governo fez desse ofício um dos mais bem pagos e respeitados do país. Para os professores coreanos, ter mais de um emprego, coisa comum no Brasil, não só é proibido por lei como soa ilógico. "Não entendo como pode funcionar assim no Brasil", espanta-se a professora Yang Sue Icyung. Por fim, a Coréia conseguiu implantar um sistema movido pela ideia do mérito, no qual os bons estudantes são premiados desde a escola até a vida adulta. Foi com essa cartilha que o país conseguiu entrar no século XXI capaz de alcançar renda per capita equivalente à de países europeus e um altíssimo nível de desenvolvimento tecnológico.


Caso da Finlândia (país entre os melhores em rankings de educação)
O país com a melhor educação do mundo é a Finlândia. Por quatro anos consecutivos, o país do norte da Europa ficou entre os primeiros lugares no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), que mede a qualidade de ensino. O segredo deste sucesso, segundo Jana Palojärvi, diretora do Ministério da Educação e Cultura da Finlândia, não tem nada a ver com métodos pedagógicos revolucionários, uso da tecnologia em sala de aula ou exames gigantescos como Enem ou Enade. Pelo contrário: a Finlândia dispensa as provas nacionais e aposta na valorização do professor e na liberdade para ele poder trabalhar.
Na Finlândia a educação é gratuita, inclusive no ensino superior. Só 2% das escolas são particulares, mas são subsidiadas por fundos públicos e os estudantes não pagam mensalidade. As crianças só entram na escola a partir dos 7 anos. Não há escolas em tempo integral, pelo contrário, a jornada é curta, de 4 a 7 horas, e os alunos não têm muita lição de casa. "Também temos menos dias letivos que os demais países, acreditamos que quantidade não é qualidade", diz Jaana.
Os professores têm muita autonomia, mas precisam ser bem qualificados. Esta é uma profissão desejada na Finlândia
Joana Palojärvi, diretora do Ministério da Educação da Finlândia

‘’Temos muitas diferenças em relação ao Brasil, que é enorme, somos um país pequeno de 5,5 milhões de habitantes. Na Finlândia não temos a figura do Estado, a relação fica entre governo, município e escola. O sistema é muito diferente. A Finlândia não quer dar conselhos, nós relutamos muito em relação a isso", afirma.Jaana Palojärvi, diretora do Ministério da Educação da Finlândia
"Os professores não dedicam muita atenção aos bons alunos, e sim aos fracos, não podemos perdê-los, temos de mantê-los no sistema."
Tecnologia também não é o forte das escolas finlandesas, que preferem investir em gente. "Não gostamos muito de tecnologia, ela é só uma ferramenta, não é o conteúdo em si. Tecnologia pode ser usada ou não, não é um fator chave para a aprendizagem."

http://g1.globo.com/educacao/noticia/2013/05/pais-com-melhor-educacao-do-mundo-finlandia-aposta-no-professor.html

Read for pleasure:

‘‘Sob a mais livre das constituições, um povo ignorante é sempre escravo ’’.
                                                                         - Condorcet

Um comentário:

  1. http://g1.globo.com/economia/noticia/2013/06/brasil-sera-convidado-de-honra-de-feira-do-livro-de-frankfurt.html

    Feira de Frankfurt-

    'O Brasil é considerado um dos mais importantes mercados de leitores em potencial do mundo'

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