terça-feira, 25 de junho de 2013

Atualidades - Nelson Mandela

Nelson Mandela segue em estado crítico, diz governo da África do Sul.

25/06/2013 08h22 - Atualizado em 25/06/2013 14h38

Ex-presidente e líder antiapartheid continua internado em Pretória.
Família reuniu-se em Qunu, aldeia natal do líder.

"Ninguém nasce odiando outra pessoa devido à cor de sua pele, à sua origem ou ainda à  sua religião. Para odiar, é preciso aprender. E, se podem aprender a odiar, as pessoas também podem aprender a amar”.
                                                                                                                                     - Mandela
Nelson Mandela
Nelson Mandela nasceu no dia 18 de julho de 1918, próximo de Qunu, cidade sul-africana. Teve uma infância próspera, durante a qual frequentou escolas particulares e, mais tarde, faculdade. Quando terminou os estudos, Mandela já trabalhava como assessor de justiça em Johanesburgo.
Após as eleições em 1948, o regime político Apartheid tornou-se lei na África do Sul. O país ficou dividido em segmentos raciais, com áreas denominadas como a África do Sul Branca e a África do Sul Negra, entre outras. Tudo que envolvia o governo - eleições, educação, dentre outras coisas - foi dividido em segmentos raciais, e o resultado disso foi o controle de todos os aspectos do governo sul-africano pelos brancos. Nos anos seguintes, várias leis foram concebidas para reforçar a separação entre raças, por exemplo, o casamento (em inglês) entre brancos e negros tornou-se ilegal; diversas regiões da África do Sul foram segregadas por causa da presença de pessoas de outras raças e em 1953 brancos e negros eram proibidos, por lei, de compartilhar banheiros ou bebedouros.
Mandela começou a combater pacificamente o apartheid, mas foi preso pela primeira vez em 1956, acusado de traição, com outras 150 pessoas. Mais tarde, todos foram libertados, mas a prisão repercutiu. Na década de 60, influenciado pelo período em que ficou preso, e por outros acontecimentos como o massacre em Sharpeville, as ideias pacifistas de Mandela se transformaram: ele passou a liderar uma resistência armada que se utilizava de técnicas para destruir propriedades do governo a fim de lutar contra o apartheid. Por esses fatos ele foi detido e preso em 1962.
O apartheid crescia na África do Sul, ao mesmo tempo em que os Estados Unidos trabalhavam para desfazer décadas de discriminação racial contra os negros. Como é de se imaginar, os Estados Unidos e o resto do mundo eram totalmente contra o apartheid, e a prisão de Nelson Mandela gerou um grande temor.
Por que Mandela chamou tanta atenção? O destaque se deve em parte por sua posição de liderança na luta armada, e também à sua esposa, Winnie Mandela. Pois enquanto Mandela estava na prisão, Winnie fazia campanhas em público para sua libertação, e seus apelos repercutiram por todo o mundo.
A reviravolta aconteceu em 1989, quando o então presidente P.W. Botha teve seu escritório destruído em um ataque. Em 1990, o substituto de Botha, F.W. De Klerk, libertou Nelson Mandela, prevendo o desmantelamento do apartheid. De Klerk e Mandela dividiram o Prêmio Nobel da Paz em 1993 pelos esforços conjuntos para acabar com o apartheid.
Por ser bastante reconhecido pelo público em 1994, e também pelos negros serem a maioria na nova África do Sul democratizada, Mandela foi eleito presidente nas primeiras eleições livres do país. Nelson Mandela ainda vive em Johanesburgo e é reconhecido por seu trabalho na busca da cura para a AIDS.
Carta da Liberdade
A Carta da Liberdade é um documento fundamental da causa antiapartheid na África do Sul aprovado pela Aliança do Congresso, com a participação de Nelson Mandela. O texto foi elaborado em meados da década de 1950, e aprovado pelo Congresso do Povo reunido em Kliptown (Soweto, em 26 de Junho de 1955) .A Carta defendia igualdade de direitos para todos os cidadãos sul-africanos, independente de sua etnia, e ainda a reforma agrária, melhoria das condições de vida e trabalho, justa distribuição de renda, obrigatoriedade do ensino público e leis efetivamente justas; foi instrumento importante na luta contra o apartheid.
Documento completo e traduzido:

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Álcool e direção: combinação fatal

Contexto: Promulgada em 2008, a lei seca tem como objetivo reduzir os acidentes provocados por motoristas embriagados, endurecendo as punições contra quem bebe antes de dirigir. Assim, um condutor abordado pela polícia passou a ser considerado legalmente bêbado através de um exame, de sangue ou de bafômetro, se é constatada uma concentração mínima de 0,10 grama de álcool por litro em seu sangue.
Em dezembro de 2012, a presidente Dilma Rousseff sancionou a lei que torna mais rígidas as punições para motoristas flagrados dirigindo alcoolizados. Além do bafômetro e do exame de sangue, outros meios — como teste clínico, depoimento policial, testemunho, fotos e vídeos — passaram a valer como prova. A multa para quem for pego dirigindo bêbado é de 1.915,40 reais. E pode chegar a 3.830,60 reais se o indivíduo reincidir na infração no prazo de um ano.
O endurecimento da aplicação da lei seca também passou por mudanças em janeiro de 2013, quando o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicou uma medida que acabava com a margem de tolerância da quantidade de álcool por litro de sangue. Ou seja, o condutor pode ser autuado se for constatada qualquer concentração alcoólica no sangue. Porém, mesmo com a lei, o volume de acidentes de trânsito decorrentes do consumo de álcool ainda é preocupante.
Uma recente pesquisa do Ministério da Saúde, divulgada em fevereiro de 2013, apontou que 21% dos acidentes estão relacionados ao efeito do álcool. E uma em cada cinco vítimas atendidas nos prontos-socorros estava embriagada.
É importante saber que desde 2008, quando a lei seca foi promulgada, não houve alteração significativa na quantidade de acidentes com motoristas embriagados. Segundo o Ministério da Saúde, em 2010, mais de 42.000 pessoas morreram em acidentes. Isso tem também um custo alto para o país. Em 2011, 200 milhões de reais foram gastos no Sistema Único de Saúde (SUS) com vítimas da violência no trânsito, valor que não considera os custos com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgências (Samu), as Unidades de Pronto Socorro e Pronto Atendimento e o processo de reabilitação do paciente, entre outros.
Um caso recente, que teve repercussão nacional, foi o do motorista alcoolizado que atropelou um ciclista em São Paulo: o impacto da batida foi tão forte que o braço da vítima foi arrancado. O motorista fugiu sem prestar socorro. O acidente pode ser citado nos textos da proposta de redação, motivando discussões sobre impunidade: no caso, o jovem condutor obteve um habeas corpus na Justiça e continua solto.
Após a apresentação do problema, o candidato pode apresentar seu ponto de vista. Alguns possíveis caminhos são relatar as causas e consequências do uso indiscriminado do álcool, assim como avaliar as campanhas educativas feitas até agora pelo governo e sua real eficácia. Também é possível propor o aumento da fiscalização, assim como o enrijecimento das leis na hora de punir motoristas pegos sob o efeito de álcool.
O consumo abusivo de bebidas alcoólicas constitui problema de saúde pública e seu monitoramento é essencial para conhecer padrões de consumo e os segmentos populacionais mais vulneráveis, aspectos fundamentais para subsidiar políticas públicas de promoção da saúde e prevenção de comportamentos de risco.
Estudos realizados em vários países reforçam a evidência de que a adoção de medidas legais que regulamentam alcoolemia e direção tem efetividade na redução de acidentes de trânsito. Na Austrália, houve redução em quase 50% do consumo de bebidas alcoólicas como causa de acidentes de 1981 a 2001.
Esses dados mostram a importância de se estabelecer políticas e medidas legais de restrição do consumo de álcool e direção de veículos, controle de propaganda de bebidas alcoólicas, proibição de vendas aos menores de idade, restrição de horários de venda de bebidas, medidas contínuas de fiscalização, no sentido de reduzir os riscos de exposição a acidentes decorrentes do consumo abusivo de bebidas alcoólicas
Motor vehicle driving after binge drinking, Brazil, 2006 to 2009 . Rev Saúde Pública 2009;43(5):891-4.
Questão de educação?
No Brasil, a questão é tão grave que o Ministro da Saúde, José Padilha, afirmou que os acidentes envolvendo motoristas que consumiram álcool ao volante já são epidemia no país.
Países como França, Alemanha, Itália e Japão assistem aos índices de morte no trânsito caírem há mais de 10 anos. Medidas como fiscalização, leis mais severas e estradas em boas condições foram colocadas em prática de forma rigorosa. Mas junto a tudo isso, um trabalho de educação com toda a sociedade – sobretudo com as crianças nas escolas – também fez toda a diferença. Para se ter uma ideia, no Japão há mais acidente com bicicletas (sem mortes) do que com veículos.
Diante do número de pessoas que morrem todos os anos no Brasil temos duas alternativas: fazer a nossa parte como cidadãos, transformando-nos em educadores de jovens e crianças, ou nos acostumarmos com as notícias de famílias sendo destruídas por causa do álcool.

Exemplo de intervenção:
Álcool e direção é tema de palestra para alunos em Divinópolis, MG
Ação faz parte do "Integração no Bairro" do próximo sábado . Segundo pesquisa, jovens são maiores vítimas do trânsito.


- B

sábado, 15 de junho de 2013

Educação no Brasil e no mundo

Educação sempre é solução,não é mesmo ladies? Por isso, é interessante ver os países que são modelos para o mundo e suas intervenções nesse processo. Boa leitura! - B
Especial Veja
7 lições da Coréia para o Brasil
O que o país pode aprender como bem-sucedido modelo de educação
implantado na Coréia do Sul
1. Concentrar os recursos públicos no ensino fundamental – e não na universidade – enquanto a qualidade nesse nível for sofrível.
2. Premiar os melhores alunos com bolsas e aulas extras para que desenvolvam seu talento.
3. Racionalizar os recursos para dar melhores salários aos professores.
4. Investir em polos universitários voltados para a área tecnológica.
5. Atrair o dinheiro das empresas para a universidade, produzindo pesquisa afinada com as demandas do mercado.
6. Estudar mais. Os brasileiros dedicam cinco horas por dia aos estudos, menos da metade do tempo dos coreanos.
7. Incentivar os pais a se tornarem assíduos participantes nos estudos dos filhos.

A Coréia do Sul e o Brasil já foram países bastante parecidos. Em 1960, eram típicas nações do mundo subdesenvolvido, atoladas em índices socioeconômicos calamitosos e com taxas de analfabetismo que beiravam os 35%. Na época, a renda per capita coreana equivalia à do Sudão: patinava em torno de 900 dólares por ano. Nesse aspecto, o Brasil levava alguma vantagem – sua renda per capita era o dobro da coreana. A Coréia amargava ainda o trauma de uma guerra civil que deixou 1 milhão de mortos e a economia em ruínas. Hoje, passados quarenta anos, um abismo separa as duas nações. A Coréia exibe uma economia fervilhante, capaz de triplicar de tamanho a cada década. Sua renda per capita cresceu dezenove vezes desde os anos 60, e a sociedade atingiu um patamar de bem-estar invejável. Os coreanos praticamente erradicaram o analfabetismo e colocaram 82% dos jovens na universidade. Já o Brasil mantém 13% de sua população na escuridão do analfabetismo e tem apenas 18% dos estudantes na faculdade. Sua renda per capita é hoje menos da metade da coreana. Em suma, o Brasil ficou para trás e a Coréia largou em disparada. Por que isso aconteceu? Porque a Coréia apostou no investimento ininterrupto e maciço na educação – e nós não.
O resultado do investimento coreano nas escolas públicas é visível. Todas as salas de aula são equipadas com um telão de plasma onde os professores projetam suas aulas, os laboratórios de computação têm máquinas de última geração ligadas à internet e as bibliotecas, de tão completas, atraem famílias inteiras nos fins de semana. Além da infraestrutura, o dinheiro despejado nas escolas produziu na Coréia salários bastante atrativos para os professores, que estão entre os mais bem pagos do mundo. Trata-se de uma carreira que confere status: para as mulheres da Coréia, o professor é visto como o "melhor partido para casar" [risos da babi] porque tem emprego estável, férias longas (raridade no país), jeito para lidar com crianças – e ótimo salário. Além de dinheiro no bolso, ele dispõe de condições de trabalho exemplares, com dedicação exclusiva a uma só escola e direito a quatro horas diárias para preparar aulas e atender os estudantes. Leva-se o ensino tão a sério que até professor de jardim de infância precisa ter diploma de ensino superior (e a maioria conta com a pós-graduação).
Exames que têm como objetivo medir o nível dos estudantes, entre eles o brasileiro Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), comprovaram que há dois fatores fundamentais para explicar o bom resultado nas provas. Um deles é o preparo e a dedicação do professor encarregado das aulas. O outro é a participação da família na educação dos filhos. O Brasil é deficiente em ambos os casos. A fixação coreana pela educação tem raízes profundas na cultura do país. O confucionismo, doutrina milenar de origem chinesa, já difundia valores como a dedicação ao trabalho e a exaltação ao estudo na Coréia de cinco séculos antes de Cristo.
A sociedade coreana é movida pela competição, incentivada à exaustão desde a infância.
Uma saída eficiente para a escassez de dinheiro na época em que a Coréia era pobre foi colocá-lo no lugar certo – as salas de aula do ensino fundamental, onde estava a massa dos estudantes. Funcionou lá e poderia dar certo por aqui. A Coréia também entendeu cedo que o professor é a alma do processo de aprendizado. Por isso, o governo fez desse ofício um dos mais bem pagos e respeitados do país. Para os professores coreanos, ter mais de um emprego, coisa comum no Brasil, não só é proibido por lei como soa ilógico. "Não entendo como pode funcionar assim no Brasil", espanta-se a professora Yang Sue Icyung. Por fim, a Coréia conseguiu implantar um sistema movido pela ideia do mérito, no qual os bons estudantes são premiados desde a escola até a vida adulta. Foi com essa cartilha que o país conseguiu entrar no século XXI capaz de alcançar renda per capita equivalente à de países europeus e um altíssimo nível de desenvolvimento tecnológico.


Caso da Finlândia (país entre os melhores em rankings de educação)
O país com a melhor educação do mundo é a Finlândia. Por quatro anos consecutivos, o país do norte da Europa ficou entre os primeiros lugares no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), que mede a qualidade de ensino. O segredo deste sucesso, segundo Jana Palojärvi, diretora do Ministério da Educação e Cultura da Finlândia, não tem nada a ver com métodos pedagógicos revolucionários, uso da tecnologia em sala de aula ou exames gigantescos como Enem ou Enade. Pelo contrário: a Finlândia dispensa as provas nacionais e aposta na valorização do professor e na liberdade para ele poder trabalhar.
Na Finlândia a educação é gratuita, inclusive no ensino superior. Só 2% das escolas são particulares, mas são subsidiadas por fundos públicos e os estudantes não pagam mensalidade. As crianças só entram na escola a partir dos 7 anos. Não há escolas em tempo integral, pelo contrário, a jornada é curta, de 4 a 7 horas, e os alunos não têm muita lição de casa. "Também temos menos dias letivos que os demais países, acreditamos que quantidade não é qualidade", diz Jaana.
Os professores têm muita autonomia, mas precisam ser bem qualificados. Esta é uma profissão desejada na Finlândia
Joana Palojärvi, diretora do Ministério da Educação da Finlândia

‘’Temos muitas diferenças em relação ao Brasil, que é enorme, somos um país pequeno de 5,5 milhões de habitantes. Na Finlândia não temos a figura do Estado, a relação fica entre governo, município e escola. O sistema é muito diferente. A Finlândia não quer dar conselhos, nós relutamos muito em relação a isso", afirma.Jaana Palojärvi, diretora do Ministério da Educação da Finlândia
"Os professores não dedicam muita atenção aos bons alunos, e sim aos fracos, não podemos perdê-los, temos de mantê-los no sistema."
Tecnologia também não é o forte das escolas finlandesas, que preferem investir em gente. "Não gostamos muito de tecnologia, ela é só uma ferramenta, não é o conteúdo em si. Tecnologia pode ser usada ou não, não é um fator chave para a aprendizagem."

http://g1.globo.com/educacao/noticia/2013/05/pais-com-melhor-educacao-do-mundo-finlandia-aposta-no-professor.html

Read for pleasure:

‘‘Sob a mais livre das constituições, um povo ignorante é sempre escravo ’’.
                                                                         - Condorcet

quarta-feira, 12 de junho de 2013

 Sugestão de leituras, citações


      Liberdade, igualdade são temas que sempre podem cair ou mesmo serem relacionados a um outro tema.   Levando isso em consideração, conhecer filmes, livros, séries, citações a respeito é sempre bom. Você pode pensar em igualdade dos sexos, nesse caso: revolução feminina nos EUA, direito ao voto feminino no mundo e Brasil (era Vargas), liberdade no amor: homossexualismo (citar como é desigual e hipócrita o posicionamento da sociedade, como nas novelas da globo em que aparecem cenas muito quentes entre casais héteros e não há cenas de beijos entre homossexuais; livro "Rey y Rey"¹ (ou "King and King", em inglês): http://www.slideshare.net/DocentesDiversidad/rey-y-rey, igualdade racial, citando cotas, problemas socias como: historicamente as leis segregacionistas nos EUA, escravidão no Brasil/mundo, preconceito e também o outro lado:autores, atores, personalidades famosas negras que prosperaram, filmes: "The Great Debaters"² (também conhecido como "O Grande Desafio"), outras sugestões: http://listasde10.blogspot.com.br/2009/11/10-filmes-sobre-racismo.html. Você também pode falar sobre igualdade civil, liberdade de expressão (censura que ocorreu no Estado Novo, governo chavista, de Cristina Kirchner - presidente da Argentina)
    

  1. Rey y Rey: Livro infantil escrito pelas autoras holandesas Linda De Haan e Stern Nijland. No livro é narrado a história de um príncipe que precisa casar. A ele são apresentadas várias princesas até que ele se apaixona pelo príncipe Lee. O livro possui continuação: Rey y rey y familia.  A publicação da primeira parte gerou polêmica nos EUA (pais pediram retirada do livro de bibliotecas públicas), Inglaterra (o livro foi empregado no projeto NO OUTSIDERS e o grupo religioso CHRISTIAN VOICE reclamou que isso era uma propaganda para induzir crianças a práticas homoafetivas). Ele também foi produzido no teatro em Viena e foi muito criticado por  Eduard Schock (líder do partido FPO) e pelo jornal  Kronenzeitung. A série espanhola Física o química também exibiu um teatro da obra: http://www.youtube.com/watch?.
  2. O Grande Desafio: Melvin Tolson dá aulal em uma universidade para negros e organiza um grupo de debates que participa de competições entre universidade negras e ganhando espaço tentando assim competir com uma universidade branca.

Passe Livre e o direito de ir e vir



   O Movimento Passe Livre está em luta, mediante passeatas e mobilizações, contra o recente aumento das tarifas do transporte público, preconizando, na verdade, a gratuidade do transporte. As recentes mobilizações em São Paulo atraíram manifestações contrárias aos efeitos que as mobilizações geraram sobre o trânsito, saindo-se em defesa do “direito de ir e vir” das pessoas que se sentiram “prejudicadas” pelas paralisações. Pessoas que, como se diz, queriam chegar em suas casas.
   É interessante perceber, no entanto, que o direito de ir e vir dessas pessoas, considerando a realidade do trânsito de São Paulo, já não tem sido, de fato, respeitado há muito tempo, sobretudo nos denominados “horários de pico”, cuja definição está cada vez mais ampliada. São Paulo é a cidade que “não pode parar”, mas que carrega a contradição de não conseguir andar.
    Com as mobilizações, o exercício desse direito, obviamente, fica ainda mais obstruído, mas há de se perceber que, ao menos do ponto de vista do percurso pelas vias automotivas, o tal direito de ir e vir já é bastante limitado e o é exatamente pela ausência de uma política em torno da essencialidade do transporte público.
   As pessoas em seus automóveis (quase sempre uma em cada carro – e dentre elas, eu) atolam o cenário urbano e inviabilizam, mutuamente, o seu direito de ir e vir e quando se posicionam contra as mobilizações (não eu, dentre elas) daqueles que alertam os entes públicos sobre a relevância do tema, acabam, indiretamente, alimentando a lógica que suprime o próprio direito defendido.
   Na perspectiva das preocupações individualistas, não há reação contra o caos do trânsito na cidade de São Paulo, que serve, inclusive, como materialização de crimes de toda ordem, advindos de assaltos ou de stress.
   Os prisioneiros do trânsito são pessoas acomodadas e que buscam individualmente, quase sempre sem sucesso, a sua solução, um caminho alternativo, que alimentam a lógica de que o outro carro é seu concorrente, algo que pode inviabilizar o seu projeto, e que se veem, inclusive, dispostas a entrar em confronto com o anônimo que esteja na condução do outro veículo (e a loucura do mundo individualista e egoísta se concretiza).
   Esse “projeto” individual, por evidente, é limitado e ineficaz.
   O Movimento Passe Livre tem o mérito, portanto, de nos forçar a colocar a questão do transporte público em pauta, para que todos tenham, de fato, o direito de ir e vir.
  Nesta linha da visualização social, é importante perceber que, mesmo considerando todas as dificuldades, facilmente verificáveis nas vias da cidade, a saída do transporte privado (cada um em seu carro, buscando caminhos alternativos), ainda é melhor – muito melhor – que o transporte público, o que nos força a reconhecer que o direito de ir e vir daqueles que, em virtude do desenvolvimento de um processo excludente advindo da desequilibrada divisão do trabalho e da especulação imobiliária, foram deslocados para periferias distantes e que dependem de transporte público tem sido ainda mais agredido: é fila no ponto; é ônibus que não para; é fila no trem; é trem que não chega; são ônibus e trens lotados, nos quais, durante as longas viagens, se intensifica a supressão da dignidade humana.
Já passou da hora, portanto, de sair de dentro do conforto do carro (mesmo com o sufoco do trânsito), de deixar de pensar no aconchego do lar e de começar a olhar para aqueles que dependem de transporte público neste país, percebendo, assim, que pouco importa querer exercer o direito de ir e vir se não for possível garanti-lo a todos.
   É essencial compreender que o transporte público gratuito é um direito da cidadania, até como forma de tornar efetivo o direito de ir e vir, aclamado por aqueles que se sentem agredidos pelas mobilizações do Passe Livre.
  O fato concreto é que trabalhadores (incluindo domésticas, terceirizados, aposentados, pensionistas e precarizados em geral), estudantes, desempregados e segmentos excluídos da sociedade não têm como exercer o seu direito de ir e vir se tiverem que pagar pelo transporte. Ademais, como dito, o investimento efetivo em transporte público é a única saída para a reconstrução do espaço urbano e da própria vida social.
Interessante perceber que a gratuidade do transporte público atende, inclusive, uma reivindicação recorrente do empresariado brasileiro em torno da desoneração da folha de pagamento, vez que muitos empregadores acabam sendo obrigados a suportar esse custo com relação a seus empregados.
   Alguns dizem que a gratuidade do transporte público é uma utopia, que não vai ocorrer. Esse argumento seria relevante se vivenciássemos uma sociedade próxima do que se poderia considerar ideal. Mas, como é fácil perceber, estamos muito longe disso e considerando que tanto o ser humano quanto à sociedade são projetos inacabados e em constante construção, sendo que a evolução da humanidade é até mesmo inevitável, acreditar no advento do passe livre, que é um passo importante e ao mesmo tempo não só possível como necessário, acaba sendo um alvo bastante singelo diante das transformações que devem vir – e virão – para a consagração de uma sociedade efetivamente justa, igualitária e humana.

Jorge Luiz Souto Maior é professor livre-docente da Faculdade de Direito da USP
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Problematizando: O passa livre não é o problema como algumas pessoas apontam mas uma forma de mostrar o transtorno do trânsito: engarrafamento, estresse dos motoristas, demora dos ônibus ou até mesmo a falta deles. 
Propostas: como citado no texto, a gratuidade do transporte público, embora seja algo difícil de acontecer, contribuiria inclusive para empresas. Melhorar o trânsito depende de investimento em transportes públicos: ônibus, metrô que precisam de oferecer eficiência, conforto e segurança, além de investimentos em vias alternativas como a ciclovia, já que apesar de algumas melhoras nesse sentido estarem ocorrendo ainda há muitos casos de acidente envolvendo ciclistas. As ruas também precisam de mais segurança para que as pessoas se sintam à vontade para caminhar, andarem a pé. Apontar que existem outros meios de protestar sem ações como denegrir bens públicos (como as vezes acontecesse com o Movimento Passe Livre) e mostrar que faltas de medidas do governo levam ao radicalismo.
Conclusão: Estabelecer uma conexão entre melhorar o trânsito e melhorar a saúde das pessoas, disposição para trabalhar, melhorar o comércio. Todos têm o direito de ir e vir e os problemas de trânsito representam uma barreira para isso.
Sugestão: relacionar com LIBERDADE (de expressão, direito de ir e vir)


sábado, 8 de junho de 2013

O preconceito racial na sociedade brasileira – 125 anos sem escravidão




Trecho retirado de livro África, Terra , sociedades e conflitos. Editora Moderna . Autores: Nelson Bacic Olic, Beatriz Canepa.
O Brasil tem a segunda maior população negra do mundo. É quase um consenso no Brasil destacar-se a importância africana na formação da identidade nacional. Ao mesmo tempo, reconhece-se cada vez mais que no Brasil não existe a propalada democracia racial. A abolição da escravatura não pôs fim à exclusão social, da qual tem sido vítima há muito tempo a população de origem africana no Brasil.
Leis mais rígidas contra a discriminação racial e medidas discutíveis, como a reserva de cotas para a população afrodescendentes nas universidades federais, tentam, aparentemente compensar de forma parcial as seculares injustiças. Ao mesmo tempo, em janeiro de 2003, uma lei federal tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileiras nas escolas, tanto de nível fundamental quanto do ensino médio. O intuito é o de valorizar o estudo da cultura africana como um dos elementos formadores da identidade nacional

O preconceito racial na sociedade brasileira – 125 anos sem escravidão


1.      No ano de 1832, durante a sua famosa viagem que renderia a teoria da evolução, Charles Darwin passou alguns meses no Brasil onde ficou maravilhado com a diversidade vegetal e animal, porém saiu horrorizado pelo país ser escravocrata.
2.       Nesse último dia 13 de maio completaram 125 anos da promulgação da Lei Áurea que extinguia definitivamente a escravidão no Brasil sendo aprovada por 85 votos favoráveis e 9 votos contrários. Através dessa lei o país se tornou o último na América que tinha mão de obra escrava, mas mesmo tendo a liberdade a situação dos mais de um milhão de afrodescendentes continuou sendo problemática, alguns continuaram a trabalhar nas fazendas onde já viviam, porém como homens e mulheres livres e a grande maioria seguiram com a esperança de que teriam uma terra somente sua, mas o que se teve foi uma grande exclusão social para esses novos cidadãos brasileiros.
3.       A discriminação racial foi algo que veio acompanhando os afrodescendentes desde o Brasil Colonial e mesmo agora com leis severas contra qualquer tipo de discriminação racial ainda existe o racismo velado      A contribuição à cultura brasileira dos afrodescendentes foi muito grande na música, dança, literatura, culinária entre tantas outras. Essa influência se reflete até mesmo no idioma com palavras que somente tem no português do Brasil. 
4.       "A construção da igualdade no Brasil está diretamente ligada à educação. Ao aprovar a constitucionalidade das cotas, o STF já deu início a essa longa caminhada, que faz valer a nossa Constituição e o Estatuto da Igualdade Racial em sua plenitude".
5.      Apesar das melhorias conquistadas nesse um pouco mais de um século de liberdade a população afrodescendentes ainda luta para que haja igualdade e não uma segregação por causa da cor da pele. A nação brasileira é muito conhecida pelo mundo por causa do samba, capoeira e feijoada que são originários dos afrodescendentes, porém hoje isso é do povo brasileiro e não de uma cor de pele. 
6.      Uma nação que tem como ídolos afrodescendentes como no futebol Pelé e Garrincha, nas artes Machado de Assis, Aleijadinho, Pixinguinha, Cartola e tantos outros nomes pode também viver com a certeza de que não é a tonalidade de pele que fará um cidadão ser menos ou mais, pois todos são brasileiros, filhos da mesma pátria pela qual se deve orgulhar por ter pessoas que com diversidade, porém o que os une é o fato de ser brasileiro.

7.      'Censurar Monteiro Lobato é analfabetismo histórico'
Estudioso chama de absurda tentativa de proibir livros do autor, acusado de racismo, e diz que crianças sabem absorver o que historias têm de melhor
Solução:
1.       Usar esse pretexto (obra de Monteiro Lobato) para discutir em sala de aula o racismo
2.       Mas, quando têm uma oportunidade, os negros mostram que podem obter tanto sucesso quanto uma pessoa branca. O racismo dificilmente será extinto, mas fornecer oportunidades a esta população, como uma educação de qualidade, pode fazer com que eles melhorem sua condição socioeconômica e, no futuro, amenizar o preconceito racial. Exemplos de que etnias diferentes podem conviver em harmonia não faltam. Basta olhar para Barack Obama e seus eleitores, pois eles mostraram isso ao mundo.http://educacao.uol.com.br/bancoderedacoes/redacao/ult4657u379.jhtm

3.       Não é o sucesso de alguns negros que vai abrir o caminho para os outros, da mesma maneira que não é reservando cotas em faculdades, mas sim a melhoria do ensino público que podem diminuir a diferença entre a média da população de qualquer raça que consiga atingir o ensinosuperior.http://educacao.uol.com.br/bancoderedacoes/redacao/ult4657u372.jhtm
4.       O Dia Nacional da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. O Dia da Consciência Negra procura ser uma data para se lembrar a resistência do negro à escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte de africanos para o solo brasileiro (1594).Algumas entidades como o Movimento Negro (o maior do gênero no país) organizam palestras e eventos educativos, visando principalmente crianças negras. Procura-se evitar o desenvolvimento do auto-preconceito, ou seja, da inferiorização perante a sociedade.Outros temas debatidos pela comunidade negra e que ganham evidência neste dia são: inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, se há discriminação por parte da polícia, identificação de etnias, moda e beleza negra, etc.http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_da_Consci%C3%AAncia_Negra

Diferenciação injusta
"Discriminação é uma diferenciação injusta ou ilegítima, pois vai contra o princípio fundamental da justiça (aquela que os filósofos chamam de 'regra da justiça'), segundo a qual devem ser tratados de modo igual aqueles que são iguais. Pode-se dizer que se tem uma discriminação quando aqueles que deveriam ser tratados de modo igual, com base em critérios comumente aceitos nos países civilizados, são tratados de modo desigual."

[Bobbio, Norberto. "Elogio da serenidade e outros escritos morais". São Paulo: Editora UNESP, 2002: 107]

Racismo no Brasil



O tipo de preconceito mais frequente em nosso país é o racial. O racismo no Brasil fica mais evidente quando o brasileiro identifica o negro com seu papel social. A constatação, obtida por meio de pesquisa, é da psicóloga e professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas, Ângela Fátima Soligo. Em sua pesquisa, a professora pediu aos entrevistados que atribuíssem dez adjetivos aos homens e mulheres negros. (...) O resultado final revelou que a maioria dos entrevistados, aí incluídos também os negros, limita-se a reproduzir os chavões sociais. O negro é alegre porque gosta de samba e Carnaval, forte porque se dá bem nos esportes e competente para trabalhos braçais. "O adjetivo é positivo, mas o papel social ligado ao negro mostra um preconceito arraigado na nossa cultura", concluiu a estudiosa. (...) A pesquisa reforçou a tese de que o brasileiro pratica um "racismo camuflado": em tese, diz que não tem preconceito, mas prefere limitar as possibilidades e potencialidades da raça negra. Por exemplo, na pesquisa, não houve identificação do negro com o intelectual ou o político.

[A ética e os estereótipos irracionais, UOL Educação]

Código Penal


Lei Nº 9.459, de 13 de maio de 1997.

Art. 1º Os arts. 1º e 20 da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passam a vigorar com a seguinte redação:

Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

Pena: reclusão de um a três anos e multa.

- B.

Terrorismo: o Brasil tem razões para temê-lo?

Neste mês de junho, o Brasil vai receber a Copa das Confederações, um importante torneio esportivo internacional. O evento está sendo visto como um "treino" para dois outros acontecimentos de destaque do esporte mundial, que também serão sediados pelo país: a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016. A exemplo da Maratona de Boston, eventos desse tipo são considerados alvos privilegiados para organizações terroristas, num contexto internacional em que o terrorismo é uma ameaça sempre presente, com ações que visam chamar a atenção do maior número de pessoas para uma causa, por meio de atentados que provoquem impacto pela sua violência. Assim, jornalistas, autoridades e especialistas em segurança têm discutido se o Brasil está preparado para prevenir e enfrentar uma eventual ação terrorista, como se pode ver pelos textos abaixo.
Pode acontecer aqui?
(...) o ministro da Defesa, Celso Amorim, reuniu-se com seus principais auxiliares. Queria saber como andam os preparativos para garantir a segurança durante a Copa das Confederações, marcada para junho próximo, e na Copa do Mundo, no ano que vem. A reunião ganhou contornos mais preocupantes após o atentado à bomba em Boston. Amorim estava especialmente interessado nas informações do general Marco Antônio Freire Gomes, comandante da Brigada de Operações Especiais, localizada em Goiânia. Freire Gomes é o responsável pelo destacamento encarregado das ações contraterrorismo durante grandes eventos. Essa elite militar conta com 1.200 homens especializados em atividades delicadas, como o desarme de bombas e artefatos químicos e radiativos. Entram em ação em situações extremas. Para um país com histórico pacífico, tamanha preparação pode até parecer desmedida. A natureza do terrorismo, revelada na tragédia de Boston, prova que não é. Os preparativos para a segurança dos grandes eventos começaram há cerca de dois anos.
[Revista Época]
 Estamos preparados?
O terrorista não mata por prazer ou sadismo, mas pela convicção de que a sua causa deve ser defendida e difundida a qualquer custo. O ato terrorista não é cometido a esmo. Ao escolher um alvo, uma organização terrorista avalia vários aspectos, dentre eles a competência do Estado em antever e prevenir o atentado e/ou de neutralizar os seus executores. Ou seja, é levada em conta a capacidade de resposta do país-alvo.
(...)
No Brasil, o maior entrave às atividades de prevenção e combate ao terrorismo é a legislação (ou a falta dela). No vasto ordenamento jurídico brasileiro não há conceituação de terrorismo, nem previsão de penas a serem aplicadas a terroristas.
O projeto de reforma do Código Penal prevê pela primeira vez o crime de terrorismo. Caso não sofra alterações, o texto legal passa a combinar as prováveis motivações terroristas com as diversas condutas que podem ser adotadas. Mas, caso haja um ataque antes que a nova lei entre em vigor, a polícia, o Judiciário, os legisladores e a sociedade ficarão se perguntado o que fazer.
(...)
Além das lacunas legais, existem outros aspectos relevantes. Em 2011, a diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados do Exército divulgou relatório no qual informa que mais de uma tonelada de emulsão de nitrato de amônia e de dinamite foi roubada ou furtada (e não recuperada) de pedreiras e obras no Brasil. Isso significa que os recursos materiais a serem empregados num eventual atentado terrorista em território brasileiro podem ser facilmente obtidos aqui mesmo, sem que haja preocupação com a transposição de fronteiras.
[Carta Capital]
 O Brasil está seguro?
 O ataque terrorista na Maratona de Boston, nos Estados Unidos, na semana passada, fez acender a luz amarela no Brasil. Embora o País não faça parte da rota do terror, os grandes eventos internacionais que acontecerão aqui nos próximos anos irão atrair para as cidades brasileiras dezenas de autoridades e milhares de jornalistas e cidadãos de diferentes nações. Em junho, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Fortaleza receberão jogos da Copa das Confederações e, no mês seguinte, o Rio será palco da Jornada Mundial da Juventude, com a presença do papa Francisco. Serão eventos-teste para a Copa do Mundo de 2014, que incluirá outras seis capitais, e, dois anos depois, para os Jogos Olímpicos, majoritariamente sediados na capital fluminense. Quanto mais visibilidade, maior a comoção diante de tragédias – e é isso que os terroristas buscam. Por isso, as autoridades estão se preparando para todo tipo de emergência. O governo federal investirá, em parceria com os 12 Estados-sede da Copa e a iniciativa privada, mais de R$ 2 bilhões em segurança. Ao todo, serão cerca de 142 mil policiais de todas as esferas em ruas e em pontos estratégicos.
[Revista Istoé]


Proposta de intervenção contra o terrorismo:
Brasil: partes negritadas.
Os Estados deveriam dotar-se de meios legislativos para exercer um controlo eficaz sobre as armas, munições, explosivos e outros objetos perigosos ao alcance de pessoas susceptíveis de se servirem deles para fins terroristas.
 A comunidade internacional deveria travar mais eficazmente as violências terroristas apoiadas, adotadas ou aprovadas por Estados e a Organização das Nações Unidas deveria aperfeiçoar mecanismos para reprimir os comportamentos deste gênero, em particular pelo reforço do seu dispositivo de preservação da paz e da segurança e da proteção dos direitos do homem.
Deveria encorajar-se a comunidade internacional a tomar medidas tendentes a reprimir os atos de terrorismo sustentados, perpetrados ou apoiados pelos Estados.


Fontes:

http://educacao.uol.com.br/bancoderedacoes/


- B

sexta-feira, 7 de junho de 2013

A fome no mundo

Bem, esse é um assunto que me deixa muito triste. Tive pensando, o Enem pode cobrar um tema "simples" como esse em vez de pedir problemas mais elaborados...

Fome é um problema político
Em tese, há alimentos para todos. Se mesmo assim uma em cada sete pessoas passa fome, pode-se dizer que essa é uma situação politicamente tolerada, argumenta a editora-chefe da Deutsche Welle, Ute Schaeffer. Um mundo sem fome, com 7 bilhões de pessoas bem alimentadas e bem nutridas, seria possível. Nosso planeta produz alimentos suficientes. A fome não é um problema causado pela natureza ou cuja razão está apenas nas crises. A fome é politicamente tolerada. Ela é aceita porque há "coisas mais importantes", por exemplo as vozes dos consumidores e agricultores europeus.
Se nós, europeus, levássemos mesmo a sério nossos sermões sobre solidariedade, teríamos que cortar os subsídios agrícolas no continente, revolucionar os sistemas de comércio e aumentar o preço dos alimentos nos países industrializados. Passa-se fome sobretudo – por mais bizarro que isso soe – nas regiões onde os alimentos são produzidos, ou seja, no campo, onde as pessoas vivem da agricultura familiar e não têm seus interesses representados nas instituições econômicas multilaterais.
Fala-se muito das consequências humanitárias da fome. Mas quem fala daqueles que ganham com a fome? Isso também precisa ser dito com todas as letras: há quem se beneficie desse sistema que produz fome. E essas pessoas somos sobretudo nós, consumidores, que gastamos hoje menos pelos alimentos do que gastávamos há 20 anos. Gostamos de comprar pão por 1 euro e leite por 70 centavos de euro, e dizemos a nós mesmos que alimentos não podem custar caro.
Entre os que tiram vantagem disso estão os agricultores europeus, que produzem muito além da demanda do mercado e mesmo assim não precisam se preocupar. Altos subsídios lhes garantem uma renda confortável e uma ampla retaguarda política. Os agricultores nos países em desenvolvimento nem ousam sonhar com uma situação como essa.
Investimentos no desenvolvimento de regiões interioranas e na agricultura são considerados retrógrados. Países em que 80% do PIB vêm da agricultura acreditam que podem viver sem uma política agrária! Ou ainda mais grave: um país com as dimensões de terras férteis como Moçambique, por exemplo, poderia exportar arroz ou milho para todo o sul do continente africano. Em vez disso, os moçambicanos dependem de importações caras, simplesmente porque a elite política local não se interessa por esse problema. 
Ainda, Críticos dizem que ajuda humanitária agrava a dependência em muitos países africanos ( importante: http://www.dw.de/o-mercado-da-fome-beneficia-pa%C3%ADses-doadores/a-15516223
Vamos acabar com as belas mentiras do nosso mundo de bem-estar: a fome e a miséria são causadas apenas em parte por guerras ou catástrofes. E são raramente apenas um problema da população urbana pobre. Não! A fome é o resultado de uma exclusão que é no mínimo tolerada por amplas parcelas da população. As necessidades e penúrias de quem passa fome são colocadas de lado, politicamente apagadas por todos aqueles que se beneficiam com o problema.
Possíveis propostas:
-Conclui-se forçosamente que é necessária uma mudança política radical. Nenhuma reparação, nenhuma ajuda emergencial, nenhuma promessa decorativa, proferida num encontro de cúpula e pouco depois esquecida, será capaz de deter a erosão social e econômica provocada pela fome e pela pobreza em todo o mundo.
-Precisamos adiar nossos interesses de curto prazo – mais crescimento, mais conforto –, para que ninguém mais morra de fome.
-Nas regiões atingidas deve haver serviços de aconselhamento para os agricultores, linhas de crédito ou títulos de propriedade de terra confiáveis, investimento em infraestrutura e pesquisa agrária. A agricultura dos países em desenvolvimento não deve mais ser negligenciada.
-“Temos que pressionar deputados e políticos para mudar a lei, impedindo que a especulação de alimentos continue. Devemos exigir dos ministros de finanças na assembleia do Fundo Monetário Internacional que votem pelo fim das dívidas externas. Temos que nos mobilizar para impedir o uso de agrocombustíveis e acabar com o dumping agrícola”. 

Concluindo...
O primeiro requisito de uma vida digna é ter o que comer. Mas o planeta ainda está longe de alcançar o Objetivo do Milênio que estabelece a redução pela metade da fome no mundo. Segundo os especialistas, principalmente para os países em desenvolvimento os preços dos alimentos vão continuar altos e, assim, inacessíveis para os mais pobres.
"Com o atual modelo de pensamento industrial não podemos mais resolver o problema", afirma Herren. Para ele, os governantes, mas também a sociedade civil, estão diante da obrigação de assumir mais responsabilidades para a resolução do problema, tendo em vista as convenções de direitos humanos vigentes.
Alguns dados
-A cada três segundos, uma pessoa morre de fome.
-Calcula-se que 815 milhões, em todo o mundo sejam vítimas crónica ou grave subnutrição, a maior parte das quais  são mulheres e crianças dos países em vias de desenvolvimento.
-O flagelo da fome atinge 777 milhões de pessoas nos países em desenvolvimento, 27 milhões nos países em transição (na ex-União Soviética) e 11 milhões nos países desenvolvidos.
-Todos os anos, dezenas de milhões de mães gravemente subnutridas dão à luz dezenas de milhões de bebés igualmente ameaçados.
-Na África sub-sahariana, o número de pobres pode aumentar de 315 milhões em 1999 para 404 milhões em 2015, afectando perto de metade da população da região (Banco Mundial, Abril de 2003). 
-A situação é particularmente dramática no Afeganistão, onde cinco a dez milhões de pessoas estão ameaçadas de fome, mas também muito grave na Coreia do Norte, Mongólia, Arménia, Geórgia e Tajiquistão, etc.(Dados de 2002).
-2 bilhões de pessoas sofrem de uma ou mais deficiências de micronutrientes, enquanto 1,4 bilhão tem excesso de peso, das quais 500 milhões são obesas.
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