Problematizando o tema: O acúmulo de veículos nas ruas causa
prejuízos, estresse, acidentes e poluição, e tende a piorar nos próximos anos,
caso não sejam adotadas políticas mais eficientes.
Por que agora?
O problema agravou-se
nas últimas décadas graças à concentração de pessoas nas cidades, à falta de
planejamento urbano, aos incentivos à indústria automotora e ao maior poder de
consumo das famílias. Isso tudo provocou o que os especialistas chamam de crise de mobilidade urbana, que acontece quando o Estado não consegue oferecer
condições para que as pessoas se desloquem nas cidades.
A má qualidade do
transporte público e o incentivo ao consumo faz a população optar pelo
transporte individual.
Para especialistas, três
fatores contribuíram para o crescimento da frota de veículos no país: o aumento
da renda da população, as reduções fiscais do Governo Federal para as
montadoras e as facilidades de crédito para a compra de carros.
Prejuízos
Os congestionamentos
causam prejuízos ao país, acidentes e afetam o trabalho de milhões de pessoas
todos os dias.
O custo dessa crise
também afeta o bolso do consumidor. Os caminhões parados no trânsito gastam
mais combustível e fazem menos entregas. As empresas são obrigadas, então, a
gastar mais com o serviço, colocando mais veículos nas ruas e repassando o
custo para o preço dos produtos.
Além disso, há uma piora
da qualidade da saúde dos moradores, uma vez que a fumaça dos veículos é
considerada a maior causadora da poluição atmosférica. As pessoas sofrem mais
de doenças respiratórias e estão mais sujeitas a câncer de pulmão (pesquisam
relatam que a exposição a duas horas no trânsito paulista equivale a fumar dois
cigarros).
Soluções
- Em 1997 foram criados
os rodízios para diminuir a
circulação de veículos em determinados horários na capital paulista. Também
foram feitas ciclovias (17,5 km) e campanhas de conscientização. Mas
nada disso resolveu o caos no trânsito.
Também foi incentivado o uso de motocicletas, que
ocupam menos espaço no tráfego. Porém, elas poluem mais do que veículos
novos e são as principais causadoras de mortes no trânsito.
Uma das principais
mudanças seria o investimento em
transporte coletivo e o desestímulo ao individual.
Entre as medidas
sugeridas – e uma das mais polêmicas – está a cobrança de pedágio urbano. Ele consiste em cobrar uma tarifa dos
motoristas que circulem em determinadas áreas da cidade. O modelo foi
implantado pela primeira vez em 1975, em Cingapura, e se espalhou por países
europeus.
Há ainda propostas de aumento da malha ferroviária
– atualmente, 60% do transporte brasileiro é feito em rodovias..
Resumo do resumo:
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