sábado, 25 de maio de 2013

Variação Linguística


Conceituando
A linguagem é a característica que nos difere dos demais seres, permitindo-nos a oportunidade de expressar sentimentos, revelar conhecimentos, expor nossa opinião frente aos assuntos relacionados ao nosso cotidiano, e, sobretudo, promovendo nossa inserção ao convívio social.E dentre os fatores que a ela se relacionam destacam-se os níveis da fala, que são basicamente dois: O nível de formalidade e o de informalidade. 
O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um modo geral. Razão pela qual nunca escrevemos da mesma maneira que falamos. Este fator foi determinante para a que a mesma pudesse exercer total soberania sobre as demais. 
Quanto ao nível informal, este por sua vez representa o estilo considerado “de menor prestígio”, e isto tem gerado controvérsias entre os estudos da língua, uma vez que para a sociedade, aquela pessoa que fala ou escreve de maneira errônea é considerada “inculta”, tornando-se desta forma um estigma. 
Compondo o quadro do padrão informal da linguagem, estão as chamadas variedades linguísticas, as quais representam as variações de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada.Dentre elas destacam-se:
  •  Variações Históricas: Dado o dinamismo que a língua apresenta, a mesma sofre transformações ao longo do tempo. 
  • Variações regionais: São os chamados dialetos, que são as marcas determinantes referentes a diferentes regiões. 
  • Variações sociais ou culturais: Estão diretamente ligadas aos grupos sociais de uma maneira geral e também ao grau de instrução de uma determinada pessoa. Como exemplo, citamos as gírias, os jargões e o linguajar caipira. 
As gírias pertencem ao vocabulário específico de certos grupos, como os surfistas, cantores de rap, tatuadores, entre outros.
Os jargões estão relacionados ao profissionalismo, caracterizando um linguajar técnico. Representando a classe, podemos citar os médicos, advogados, profissionais da área de informática, dentre outros.

Como interpretá-la e respeitá-la

Nem todas as variações linguísticas têm o mesmo prestígio social no Brasil. Basta lembrar de algumas variações usadas por pessoas de determinadas classes sociais ou regiões, para perceber que há preconceito em relação a elas.
Uma certa tradição cultural nega a existência de determinadas variedades linguísticas dentro do país, o que acaba por rejeitar algumas manifestações linguísticas por considerá-las deficiências do usuário. Nesse sentido, vários mitos são construídos, a partir do preconceito linguístico. Porém, não deve-se julgar ou criticar o falante de uma certa variação. Quando encontramos uma pessoa que  fala de modo diferente, com um certo  sotaque por exemplo, não devemos a titular como errada, pois para ela aquela linguagem é a comum.  Deve haver um respeito mútuo das diferenças, visto que,  das grandes diversidades que existem no Brasil, a linguística é apenas mais um exemplo e merece o idêntico respeito.

Como alcançar um equilíbrio entre variação e linguagem formal

  Diante de tantas variantes linguísticas, é comum perguntar-se qual a forma mais correta. Porém não existe forma mais correta, existe sim a forma mais adequada de se expressar de acordo com a situação. Dessa forma, a pessoa que fala bem é aquela que consegue estabelecer a forma mais adequada de se expressar de acordo com a situação, conseguindo o máximo de eficiência da língua.
Usar o português rígido e sério (linguagem formal escrita) em uma comunicação informal, descontraída é falar de forma inadequada. Soa como pretensioso, artificial. Da mesma forma, é inadequado utilizar gírias, termos chulos e desrespeitosos em uma situação formal.
  Ao se falar de variantes é preciso não perder de vista que a língua é um código de comunicação e também um fato com repercussões sociais. Existem muitas formas de comunicar que não perturbam a comunicação, mas afetam a imagem social do comunicador. Uma frase como “O povo exageram” tem o mesmo sentido que “O povo exagera”. Como sabemos o coletivo como conteúdo é sempre plural. Porém hoje a concordância é com a forma. Nesse particular, há uma aproximação máxima entre língua e etiqueta social. Atualmente falar “O povo exageram” deprecia a imagem do falante.
  A linguagem padrão deve ser a ensinada nas escolas e existem motivos claros para isso. Quanto às variações coloquiais da língua, devem ser mencionadas e analisadas, tendo seu uso devidamente explicado.
A linguagem coloquial ou oral, como o nome diz, vale-se da fala para cumprir seu papel de entregar e interpretar informações. Dessarte, usa de recursos como a entonação ou a gesticulação, não presentes na forma escrita, para complementar sua simplicidade, impossibilitando desentendimentos.
Já a escrita, desprovida de tais recursos, deve ser assaz clara e precisa, e, assim, mais elaborada. Por isso precisa ser ensinada e praticada no ambiente da Educação. Outrossim, deve ser focada com maior intensidade do que a variedade coloquial visto que a última é amplamente utilizada em outros ambientes.
O processo de adquirir conhecimento tanto de uma variedade quanto de outra é necessário, tendo-se em mente, contudo, que o ensino da linguagem menos praticada e mais oficialmente requerida deve ser preconizado.


e para alegrar a vida de vcs, cachorrinho: ┌U・ェ・U┘  tô achando essa vida mto sem graça... cadê a parte que eu passo no vestibular??



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